Tenho ouvido o novo álbum de Radiohead como quem já não ouve uma bela música faz já mais de dez anos. Talvez seja eu neste pensamento, lembrando-me de bandas como The White Stripes e os The Strokes que reconquistaram o velho paradigma do Rock & Roll. Que por sinal foram bandas que marcaram muito nestes últimos 10 anos.
E não querendo andar mais para trás para revisitar bandas como Nirvana ou Pearl Jam. O que eu quero mesmo falar é do nome do álbum que afinal é o de um carvalho com mais de mil anos.
The King of Limbs surge-nos quase como de surpresa. Apenas anunciado uma semana antes do dia do seu lançamento. Imediatamente começa o revoluto pelos mais curiosos que depressa espalham a notícia. O nome do álbum é uma homenagem dos Radiohead a um carvalho com mais de mil anos e que está localizado perto da localidade onde a banda gravou o antecessor In Rainbows.
O que não deixa de ser curioso é que olhando ao álbum anterior poderíamos averiguar que a banda teria optado exclusivamente pela plataforma de internet para divulgar a sua obra, analisando a forma como disponibilizaram o álbum. Porém, agora lançam um novo depois de quatro anos de interregno pelo mercado tradicional, com uma edição mais avantajada para os coleccionadores e uma outra digital para a tribo de culto que apenas adora e respira o som produzido pela banda, aqueles que já não materialistas e acreditam mais no virtual.
Lotus Flower é o single que nos traz um Tom York com um visual punk e com um chapéu que na parte cinematográfica nos remete para os filmes de Charlie Chaplin a preto e branco. Pratica movimentos sumptuosos como uma personagem embebida no seu momento próprio. O verdadeiro ídolo da banda. Vale a pena ver o registo.
Relativamente ao todo que constitui esta parte já de si genial, na minha sincera opinião e gosto musical. Destaco a melodia que a voz de Tom nos entra no ouvido, Levando a viajar entre a noite do descanso e o dia em actividade. É sempre um contraste de sensações. Bloom é clássica mas electrizante. Morning Mr. Magpie parece um velho western de revigorado pela lei da pistola. Separator é uma epopeia de sentidos e buscas. Fica aqui o conselho.
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