segunda-feira, 27 de abril de 2009

Devaneios

Cá estou eu novamente nas minhas inspirações acerca da vida e das suas manifestações que nos fazem sentir tão estranhos. Procuro a verdade na claridade das palavras que têm um simbolismo que não conseguimos encontrar em lado nenhum.

Todos os dias conversamos com pessoas que parecem ter tudo a dizer, mas na verdade escondem aquilo que realmente sentem e pensam. Olha para o teu vizinho e interroga-te se ele está a dizer a verdade acerca daquele acontecimento que te levou a ficar chateado com ele.

O cão que pensas que morreu de um veneno que estava lá por acaso, foi colocado por ele, pois naquelas noites inquietantes em que não conseguia dormir o responsável por esse facto era o latido do animal, que instintivamente admirava a lua que, brilhante, mexia com a percepção do próprio.

Ele, sozinho, naquela casota apenas com a corrente como companhia, visionava os acontecimentos e factos que, independentemente da sua vontade, aconteciam.

Au, au… É e era a sua linguagem

 

 

 


terça-feira, 14 de abril de 2009

Afinal Deus ajuda-nos.

No site da Ciência Hoje descobri que afinal acreditar em Deus não pode ser interpretado apenas como algo imaterial. Parece que a crença nele activa áreas do cérebro. Que terá António Damásio a dizer a isto?

Mas no meu ponto de vista é esta conclusão que nos deve levar para a refllexão: "Estudos anteriores mostraram que o córtex pré-frontal não é activado quando as pessoas interagem com objectos, como um jogo de computador". Segundo um dos especialistas: "O cérebro não activa essas áreas por não esperar reciprocidade, nem considerar necessário pensar nas intenções do computador", explicou "O cérebro não activa essas áreas por não esperar reciprocidade, nem considerar necessário pensar nas intenções do computador", explicou Schjodt, citado pelo jornal Newscientist. Uffe Schjodt, citado pelo jornal Newscientist". Será que a neurociência um dia conseguirá inverter este cenário? Provavelmente sim!

 

«Falar com Deus» activa área do cérebro

Cientistas dinamarqueses realizaram estudo com católicos

:: 2009-04-13

Crentes julgam estar a falar com alguém quando rezam
Cientistas dinamarqueses observaram que a oração activa uma área do cérebro onde se processa o conhecimento social, da mesma forma que uma conversa com outra pessoa, segundo um estudo publicado numa revista britânica de neurociências.

Uma equipa da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, dirigida por Uffe Schjodt, pediu a 20 católicos praticantes para se submeterem a exames de imagiologia por ressonância magnética (MRI) enquanto realizavam duas tarefas, uma do domínio religioso e a outra do "secular".


Na primeira, em que os voluntários recitaram silenciosamente o “Pai Nosso” e depois uma poesia infantil, das duas vezes activaram áreas idênticas do cérebro relacionadas com a enumeração e a repetição.

Na segunda foi-lhes pedido que improvisassem orações pessoais antes de fazerem pedidos ao Pai Natal.

Segundo as conclusões do estudo, publicado na revista «Social Cognitive and Affective Neuroscience», as orações improvisadas desencadearam padrões coincidentes com os observados quando uma pessoa comunica com outra e activaram circuitos associados à teoria da mente, ou capacidade para imputar motivações e intenções aos outros indivíduos.

Pensa-se que duas das regiões activadas processem o desejo e a consideração de como poderá reagir outro indivíduo – neste caso Deus. Foi também activada parte do córtex pré-frontal, ligado à consideração das intenções de outra pessoa, e uma área que se julga ajudar a aceder a memórias de encontros anteriores com essa pessoa.

Mente ligada a Deus

Os investigadores notaram que o córtex pré-frontal, fundamental para a teoria da mente, não foi activado durante a tarefa ligada ao Pai Natal, numa indicação de que os voluntários o consideraram uma figura fictícia e Deus um indivíduo real.

Estudos anteriores mostraram que o córtex pré-frontal não é activado quando as pessoas interagem com objectos, como um jogo de computador.

"O cérebro não activa essas áreas por não esperar reciprocidade, nem considerar necessário pensar nas intenções do computador", explicou Schjodt, citado pelo jornal Newscientist.

Na sua perspectiva, os resultados mostram que os crentes julgam estar a falar com alguém quando rezam, agradando assim tanto aos cristãos como aos ateus. "Para uns prova que Deus é real, para os outros é tudo uma ilusão", afirma este investigador do Departamento de Estudo da Religião da Universidade de Aahrus.

Fernando Pessoa - Citador

Hoje fiquei a conhecer através do Twiter um Blogue deveras interessante. Não pela sua originalidade, mas sim pela dedicação de alguêm em dár a conhecer os grandes escritores. Por cortesia pessoal, aqui fica a referência a Fernando Pessoa, que com os seus heterónimos deu a conhecer os ecos do subconsciente.

 

Citador

Pensamento/Reflexão

A Sociedade é um Sistema de Egoísmos Maleáveis A sociedade é um sistema de egoísmos maleáveis, de concorrências intermitentes. Como homem é, ao mesmo tempo, um ente individual e um ente social. Como indivíduo, distingue-se de todos os outros homens; e, porque se distingue, opõe-se-lhes. Como sociável, parece-se com todos os outros homens; e, porque se parece, agrega-se-lhes. A vida social do homem divide-se, pois, em duas partes: uma parte individual, em que é concorrente dos outros, e tem que estar na defensiva e na ofensiva perante eles; e uma parte social, em que é semelhante dos outros, e tem tão-somente que ser-lhes útil e agradável. Para estar na defensiva ou na ofensiva, tem ele que ver claramente o que os outros realmente são e o que realmente fazem, e não o que deveriam ser ou o que seria bom que fizessem. Para lhes ser útil ou agradável, tem que consultar simplesmente a sua mera natureza de homens. A exacerbação, em qualquer homem, de um ou o outro destes elementos leva à ruína integral desse homem, e, portanto, à própria frustração do intuito do elemento predominante, que, como é parte do homem, cai com a queda dele. Um indivíduo que conduza a sua vida em linhas de uma moral altíssima e pura acabará por ser ultrajado por toda a gente - até pelos indivíduos que, sendo também morais, o são com menos altura e pureza. E o despeito, a amargura, a desilusão, que corroem a natureza moral, serão os resultados da sua experiência. Mas também um indivíduo, que conduza a sua vida em linhas de um embuste constante, acabará, ou na cadeia, onde há pouco que intrujar, ou por se tornar suspeito a todos e por isso já não poder intrujar ninguém.

Fernando Pessoa, in 'Os Preceitos Práticos em Geral e os de Henry Ford em Particular'

sábado, 11 de abril de 2009

António Damásio

Penso que é sempre interessante podermos ter em conta que existem personalidades portuguesas que se conseguem distinguir no mundo. António Damásio é uma dessas figuras. A área de investigação que ele está inserid, o estudo das origens fisiológicas das emoções talvez seja uma da áreas que mais interesse tem na actualidade. Claro que isso é muito relativo e depende dos gostos que todos temos individualmente. Contudo, recomendo o visionamento desta entrevista que é interessante não só do ponto de vista geral, mas também para todos aqueles que se interrogam de afinal de onde vimos e para onde vamos. Segue-se o link para a tal entrevista. index

A música talvez seja uma das artes criadas pelo homem que mais consegue entranhar-se no seu íntimo e lhe permite viajar pelos diferentes mundos, que talvez existam ou não. Porque existe o ambiente: acontecimento único que se processa num exclusivo espaço e por expressões manifestadas puramente pelas vontades de um indivíduo ou grupo. Eu gosto de ouvir a minha música, bem ela não é minha, não me pertence, não fui o criador ou inventor dela. Apenas sou mais um que nesta mescla exagerada, ouve uma parte daquele todo que nos faz sentir cada vez mais excluídos. A música é uma arte, mas o que é a arte? A capacidade humana de compreender um diferente ponto de vista a realidade em que está inserido? Porque eu não sei qual é realidade... Todos os dias acordo e tenho a mesma visão: aqueles cobertores por cima do meu corpo que me aquecem, por um lado, mas por outro são apenas mais um instrumento simples nesta complexa tarefa de sobrevivência. Os meus olhos visionaram, no outro dia, que ocorreram as comemorações dos duzentos anos do nascimento de Darwin, o evolucionista.
Passaram vários dias, e nos vários momentos que os constituíram, houve alguns que me lembrei do post que queria adicionar. A verdade é que o tempo é muito mas faz-se pouco para tudo o que quero executar. Tanta coisa para aprender e ao mesmo tempo desaprender.
Nada faz sentido neste mundo em que vivemos, olhamos para o significado das coisas e elas não têm substância. É incrível como nos enganamos com o substrato daquilo que mal conhecemos: devemos procurar até ao fundo da questão. De uma forma hermenêutica.
A composição das imagens é estruturar o espaço de uma forma que ele seja harmonioso e neutro na segmentação dos elementos que o compõem. Podemos olhar para uma imagem e não perceber o que lá está. Apenas vemos formas, estruturas com ou sem movimento, estáticas, descomplexadas na sua maneira de sentir e revelarem o que o outro viu nelas. Pois elas não revelam a sua verdadeira natureza, revelam sim a natureza do seu criador. Já alguém o disse e escreveu, mas será que alguém as sentiu?


Talvez perceber o sentido das palavras seja apenas olhar para a sua essência e nela esteja a claridade da obscuridade do que é não conseguir entender. As relações interpessoais são a coisa mais complicada que existe, mas não é esta materialidade que a faz complicada. É sim a complexa individualidade de cada ser. Eu próprio tenho uma maneira própria de pensar, como os outros que vivem neste mundo e as outras que femininamente conseguem levar o desejo a transformar-se em errado…. Lido com diferentes pessoas e com diferentes personalidades. É a razão do meu dia correr mal e pensar que talvez seja um fraco. Mas afinal quem está certo sou eu ou os outros?

Reaprender

 Nunca é fácil quando conhecemos uma pessoa. Principalmente se por essa pessoa começarmos a sentir sentimentos.  É uma roda viva de emoções ...