Somos todos capazes de construir pensamentos. Esses podem demorar pouco ou muito tempo a serem elaborados. Porque pensar é imediato, mas assimilar é mais demorado.
Estou farto de ter memórias efémoras que simplesmente se desvanecem no ar. Por vezes é aquele nome que não me recordo, outras é aquele sítio ou lugar, e ainda outras a aprendizagem que tenho conseguido ao longo destes já bem longos anos de vida.
Um pensamento é muito complicado de se obter, pois para que seja minimamente claro temos que investigar profundamente e mesmo assim nunca é suficiente, porque constantemente estão a aparecer novas descobertas que, simplesmente, mudam os paradigmas daquilo que era entendido como saber absoluto até então.
Isto tudo vem no sentido de um anterior post que escrevi sobre a maneira de analisar. Depois disso percebi que um olhar mais atento pode dar respostas mais conclusivas e menos ambíguas.
Tantos são aqueles que vivem na ignorância que tudo sabem, mas na verdade nada entendem e apenas portam uma "bagagem" que lhes foi dada por uma sociedade corrupta e cheia de apatia pelo trabalho e o esforço de ser melhor. Pelo contrário, é uma sociedade que valoriza cada vez mais o individualismo, o egocentrismo e a magia da ilusão do Euromilhões, que se reflecte no espaço comunitário europeu.
Eu faço parte desse aglomerado de pessoas e humanos, por essa razão não estou imune às suas patologias e sou transportador de elas também.
Contudo, sou único pela particularidade que me foi dada quando nasci e por essa razão nunca serei igual aos demais, bem pelo contrário os meus defeitos provavelmente são a qualidade de alguém.
Mas estou a divagar um pouco e apenas queria dizer que acho que descobri finalmente como relacionar o M.R.P e o M.R.I com o filme de Ari Folman Waltz With Bashir.
Primeiramente, comecei por decompor o objecto nas suas mais variadas camadas e depois de uma observação mais atenta cheguei a duas conclusões.
O seu corpo é constituído por conteúdo de um trabalho que tem ser feito em equipa. Uma pessoa sozinha nunca seria capaz de operar o "monstro". Segundo, que as imagens são mesmo um forte meio de impacto e serve perfeitamente para enaltecer a tomada de atenção que alguns problemas merecem. O cinema é sétima arte, mas também é um qualquer poder institucional.
Aqui estava, na minha opinião, a fazer o que era mais correcto: ler um texto detalhado sobre a explicação do M.R.I e o M.R.P. Porém a análise de Noel Burch é demasiado objectiva para a conclusão que obtive.
Em suma, quando o cinema nasceu a sua essência era a realidade das grandes metrópoles e a técnica era limitada. Quando passou para um modo mais institucional, com a evolução da técnica, onde George Meliés foi "rei e senhor" o cinema adquiriu a presença no consciente das pessoas e o seu olhar deixou de estar estático e passou a ser mais activo numa fusão entre corpo e espírito. Uma emoção vivida pelas duas faculdades na emersão das imagens em movimento.
Neste contexto, o filme transporta-nos para uma realidade que existe, mas na sua representação adquire um substrato invisível, pois a sua mensagem não teve qualquer efeito. A guerra do Líbano de 1982 não foi uma invenção criativa da mente de um qualquer ilustrador de filmes à Walt Disney, foi um acontecimento real que atormentou o subconsciente de uma pessoa e um dia foi recalcado. Esse sonho transformou-se num objecto material.
Aqui estava, na minha opinião, a fazer o que era mais correcto: ler um texto detalhado sobre a explicação do M.R.I e o M.R.P. Porém a análise de Noel Burch é demasiado objectiva para a conclusão que obtive.
Em suma, quando o cinema nasceu a sua essência era a realidade das grandes metrópoles e a técnica era limitada. Quando passou para um modo mais institucional, com a evolução da técnica, onde George Meliés foi "rei e senhor" o cinema adquiriu a presença no consciente das pessoas e o seu olhar deixou de estar estático e passou a ser mais activo numa fusão entre corpo e espírito. Uma emoção vivida pelas duas faculdades na emersão das imagens em movimento.
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