Quoted from http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1390750:
PUBLICO.PT - Desilusão e revolta no blogue “Nota Final”
Português foi a disciplina que
mais surpresas causou
Desilusão e revolta
no blogue “Nota
Final”
07.07.2009 - 20h53 Graça Barbosa Ribeiro
A manhã de hoje não foi fácil para muitos alunos, como se percebeu pela desilusão e revolta marteladas pelos que escrevem no blogue Nota Final (http://blogs.publico.pt/notafinal).
Marta Garcia, que teve 15 valores a Matemática e 20 – vinte – a Economia, foi a primeira a descarregar o seu espanto no blogue, com um aviso que nada tinha de irónico: “Não me dêem os parabéns!”. A nota mais importante – por valer 50 por cento no acesso ao curso que deseja – era a de Português e os 128 pontos desenhados na pauta deixaram-na “em estado de choque”. “13? Eu nunca tive menos de 17 num teste...”
O mais estranho é que prova lhe tinha “corrido bem”. Precisamente como a Luís Loureiro, também do 12º ano, que festejou o esperado 18 a Matemática A, mas ficou “surpreendido” com a nota a Português: 13 quando calculava que iria ter 15. “Talvez os exames até tenham sido acessíveis, no entanto os critérios de correcção foram muito rígidos”, escreveu, criticando “a quantidade de pieguices” que aqueles obrigavam os alunos a fazer.
Joana Gonçalves – que foi a exame com 18 a Português e a História e viu as notas caírem, respectivamente, para 14,6 e 16,1 – mostrou-se especialmente indignada com a ministra da Educação, a quem ouviu hoje dizer que as provas foram “adequadas aos programas” e que as notas baixaram por os alunos 'estudarem pouco'. “SEI o programa, fiz testes de 19 valores durante todo o ano e com o meu professor não há cá facilitismos”, frisou, criticando a prova de História por ser “completamente desajustada do programa” e não avaliar conhecimentos, mas a capacidade de “interpretação e de desenrascanço”.
Sobre a prova de Português – a mesma que provocou a desilusão de Marta e de Luís – Joana diz considerar que beneficiou os alunos “com menos capacidades”. “O exame era completamente óbvio e eu, que estou habituada a ter que justificar as minhas opções, explorar textos e ler nas entrelinhas, vi mais do que podia!”, lamenta.
Sem tempo para escrever no blogue, outra das habituais participantes, Cláudia Amorim, mostrava-se, a seguir ao exame, conformada. Pensa que as notas – 17 a Biologia e Geologia e 16 a Matemática A – “ficaram muito aquém” daquilo a que se “tinha proposto” e “não reflectem as competências desenvolvidas ao nível do saber-fazer durante o ano lectivo”; mas a verdade é que não a surpreenderam. Por outro lado, acredita já ter a média necessária para entrar no curso universitário e agora, diz, “isso é o mais importante”.
Marta Proença foi a única a mostrar-se satisfeita. Afinal, é também a única, de entre estes alunos, a frequentar o 11º ano, pelo que tem mais uma hipótese (nos exames de 2010) de subir o 15 de Biologia e Geologia. No blogue, explicou que já contava ter de repetir o exame para o ano, pelo que o facto de ter mais do que os 13 ou 14 valores que calculara (e manter, assim, o 16 com que foi a exame) foi suficiente para lhe pregar no rosto um sorriso.
Fim? Não, pausa. Para alguns os exames continuam na 2ª fase. Cláudia enfrenta o de Português, Luís Loureiro o de Biologia e Geologia e o de Física e Química e Marta Proença apenas este último.
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