terça-feira, 6 de abril de 2010

Choque de civilizações


A perspicácia deste filme começa logo com a sua introdução. Através de uma apresentação em texto percebemos o que é o Walkabout. Depois vemos imagens de um pai que está prestes a atingir a loucura e decide matar os seus dois filhos. A parte onde isto nos é mostrado é um pouco incompreensível, porque não é mostrada uma razão objectiva para o sucedido. Mas a importância do filme não é perceber a razão porque o pai das duas personagens principais se tornou um louco. Antes de mais este filme é uma mescla de culturas e formas de sobrevivência e isto é que é importante perceber. Neste mundo multi-cultural a diversidade humana é fascinante: não só porque é um motivo de o homem estar sempre à procura do novo, mas também para percebermos como o homem é um ser complexo e socialmente diferente apenas pelo meio onde vive. Contudo, a forma de o homem comunicar não precisa de ser extremamente apurada. Numa sequência é mostrado, num grande momento de linguagem cinematográfica, como o homem nas formas de comunicação mais primitivas consegue comunicar de uma forma mais eficiente do que a língua mais evoluída: depois de a irmã insistir várias vezes com o aborígene que pretendia água num inglês extremamente correcto, a criança chega e com linguagem gestual indica ao aborígene, que  rapidamente o entendeu, do que os dois queriam.
Mas no choque de culturas a manifestação do sentimento mais primitivo do ser humano é razão do nascimento de uma necessidade de o manifestar. Mas neste caso a comunicação é composta por um ruído de simbolismo e semântica. Então, a má comunicação vai provocar o mal de alguém e não o bem: o aborígene apaixona-se pela rapariga. Decidido, começa a demonstrar-lhe esse afecto através de um ritual característico da sua cultura. Porém, depois de muitas horas a "dançar" a sua mensagem não foi compreendida, o que faz com que ele se suicide. 


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