segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O primeiro de kubrick

Todos os grandes cinematógrafos algum dia podem dizer que criaram a sua primeira obra. Aquela com que começam e que pode, ou não ser, o início de tudo!
Perante a qualidade dela -a obra -; daí pode-se traçar um caminho de evolução e obtenção de culto pelas as outras obras que se for realizando e como elas evoluiram. E ao mesmo tempo ver a evolução simultánea que também o artista tem.




Stanley kubrick é um realizador conhecido pela sua majestosa escrita simétrica e de bailado audiovisual que é  2001 : Space Odessy (1968).
É considerado por por alguns como um dos maiores cinematógrafos norte americanos.
Thomas Allen Nellon no seu livro Kubrick: Inside a Film Artist's Maze (2000)  - o livro que na minha pesquisa parece ser o mais consistente sobre a obra de kubrick - descreve-o como:
"Stanley Kubrick ranks among the most important American film makers of his generation, but his work is often misunderstood because it is widely diverse in subject matter and seems to lack thematic and tonal consistency. Thomas Nelson's perceptive and comprehensive study of Kubrick rescues him from the hostility of auteurist critics and discovers the roots of a Kubrickian aesthetic, which Nelson defines as the "aesthetics of contingency."

Ao entendermos kubrick é um caminho denso e ao mesmo tempo percétivel de um cinema experimentalista, em que o mundo em si mesmo é um cérebro, como na circular e luminosa tabla de Doctor Strange Love (1964), o gigante computador na Odisseia do Espaço ou a visão maior sobre o hotel de o The Shining.
No fundo é o realizador que todos cultivam e é imensamente referenciado. Por essa, razão ver o seu primeiro trabalho é quase como ver a criança nascer. 



Ao ver o documentário percebemos já alí a marca de Kubrick. A atenção ao pormenor, o detalhe da voz off e o enquadramento que nos balança entre o contexto da razão e o consciente. 
As limitações do tempo em que arte Cinema estava a começar - e é das artes mais novas que o ser humano culturalizou - temos um documentário que nos agarra de início a fim e coloca-nos no lugar de Walter, a personagem do Boxeur. 


Todo este texto não é para falar sobre a obra de Kubrick, mas o seu primogénito. Acho que vai haver sempre uma sensação única quando isto acontecer - ver a sua primeira obra - sobre um realizador que admiramos, mas nunca compreendemos. Apenas gostamos do modo como o seu cérebro entende e mostra o mundo e que vivemos.  O que fiz foi ver e escrever este post, mais não me quis alongar...

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