Se Anne Frank pudesse alcançar a fama que desejou alcançar com a escrita, talvez pudesse analisar o único livro que ela escreveu de outra forma.
O Diário de Anne Frank ou Het Achterhuis (Anexo Secreto) é realmente uma obra sobre a estupidez humana, mas não faz por isso que seja uma obra de literatura, é um diário escrito por uma criança que sofreu muito com a estupidez humana.
Eu não retiro importância ao livro, diário, como um documento pessoal e particular de um período negro da nossa história. Uma forma de registar integralmente o sofrimento puro e duro de uma criança, que por causa da guerra tem que viver com a família escondida juntamente com outras pessoas que se escondem pelo mesmo motivo.
O que acontece desde o momento em que Anne chega a esse tal anexo é registado no seu diário que se torna o seu melhor amigo e confidente dos pensamentos e análises da realidade que a envolve.
É por causa dessa realidade é que não consegui acabar de ler o livro e se quer considerar que seja algo que deva ser lido.
Apenas por uma razão muito simples, saber o que sei de forma geral sobre o holocausto já é bastante bastante depressivo. Saber o que uma criança - ainda por cima -, pensou, falou, passou, sentiu e sofreu considero de sado masoquismo literário.
Repito, não quero com esta minha análise retirar importância ao livro, apenas não tenho estômago.
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