Depois de Old Boy (2003), este é o trabalho cinematográfico de Chan - wook Park que literalmente vem mais uma vez demonstrar que o cinema pode ser usado de forma sublime e magistral em toda a sua técnica.
The Handmaiden (2016) é daquelas obras de arte que foi construída num tempo, num contexto e num espaço que faz dela uma obra única e intemporal da sétima arte.
Todo o filme leva a linguagem cinematográfica ao extremo, seja na questão de geometria no enquadramento, caracterizado pela simetria na composição dos planos. Pela utilidade da construção de diferentes atmosferas criadas pelas cores escuras e a luz em contraste com as cores. Pelo uso do guionismo na criação de uma narrativa surpreendente.
O filme é um triller erótico que conta a história de uma mulher que vai trabalhar para uma casa de uma família da Coreia do Sul, no tempo ocupada pelo Japão.
Uma agradável viagem psicológica pela libido e erotismo. Este é o clímax do filme: o uso da imagem e som para provocar em nós excitação no que estamos a ver, ouvir a sentir.
A tal serendipidade da arte que nem é instintiva, nem um sub produto da nossa evolução. Mas sim uma fusão das duas, encaixada com forças sociais, culturais.
Pergunto-me como esta obra será analisada daqui a 20 anos?
Muito poderia deambular sobre esta obra prima, mas o melhor mesmo é ver.
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