Andreas Villeas é aluno da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), licenciado em Informática e actualmente a tirar o Mestrado na mesma área. Tive o prazer de o conhecer, quando os dois participamos na organização da conferência Slactions 2009 que decorreu nas instalações da Universidade do Minho.
Recentemente uma coisa fantástica aconteceu ao Andreas: um jogo por ele construído tornou- se no segundo com mais downloads para Windows Phone 7. Intitulado Kill the Duck, conta já com cerca de 100.000 downloads feitos. Segundo o Diário de Notícias: O jogo foi inventado ao abrigo do programa "Microsoft Student Parker" que, segundo o jovem, dá oportunidades aos estudantes que mais se destacam nas áreas informáticas.
Andreas Vilela referiu que o "Kill the Duck" foi aceite pela Microsoft a 15 de dezembro e no dia 23 já estava no top dos 20 jogos com maior número de descargas, tendo chegado ao top 5 no dia 29.
Top de jogos para Windows Phone 7. |
Prova da importância deste acontecimento é a mediatização que o facto teve nos órgãos de comunicação social nacionais e não só. Notícias relativas ao jogo saíram no: Diário de Notícias; no Sapo; no Expresso; Jornal de Notícias, entre muitos outros.
O objectivo do jogo é matar patos sem acertar nas pombas e é inspirado no Duck Hunter da Nintendo dos anos 80/90.
Andreas Vilela em declarações à WASD, promete fazer todos os possíveis (lançar updates sobre a versão actual, novas funcionalidades, scores online, novos gráficos, etc) para tentar manter este jogo pelo menos no TOP 10 dos jogos com mais downloads na MarketPlace do Windows Phone 7. Fica de seguida a Demo of Kill the Duck(version 1.1.0).
Eu pedi ao Andreas que desse uma pequena entrevista para este blogue de forma a poder divulgar o seu feito e porque considero que estes factos devem ser publicados e espalhados para mostrar que em Portugal também há quem alcance a fama, não só através da televisão. De resto, queria apenas relembrar que a SPCV (Sociedade Portuguesa de Ciências dos VídeosJogos) tem um projecto da criação de um livro sobre a História dos Videojogos em Portugal, do qual também faço parte e onde o Andreas Vilela de certeza vai ocupar um lugar de destaque depois deste feito por ele conseguido. Segue a entrevista.
O que sentis-te quando te apercebes-te do que estava a acontecer por causa do jogo?
- Senti-me muito bem, muito satisfeito. Senti que realmente o esforço de fazer uma "brincadeira" em tempos livres e que me "roubou" parte do tempo me foi compensado com este sucesso!
Quais foram as razões que te levaram a construir e quais as razões das tuas escolhas para ser aquele jogo?
- Ora bem, eu tencionava aprender a desenvolver jogos em XNA para Windows Phone 7 portanto já tinha aquela "vontade extra" para desenvolver. Depois as razões para escolher este jogo, foi algo que surgiu em conversa com o meu irmão.. Queriamos tentar encontrar uma ideia que pudesse fazer a diferença, escolhemos uma ideia por base do "Duck Hunter" dos anos 80 e passei ao desenvolvimento do "Kill the Duck".
Qual foi realmente o papel do teu irmão em todo o processo? Qual o teu segredo para o sucesso?
- Como já referi anteriormente, o meu irmão entrou no processo de definição de uma ideia, foi com ele que surgiu a conversa do "Duck Hunter". Penso que não houve segredo, o sucesso do jogo relaciona-se um pouco com o famoso "Duck Hunter" e como tal, despertou mais interesse ao público alvo.
Porque decidis-te continuar em Portugal, mesmo com todas as ofertas que recebes-te de empresas internacionais?
- Ainda não decidi ficar em Portugal, apenas por agora. Tenciono primeiramente, tentar algo a nível individual e caso não tenha sucesso, talvez seguir algo para fora. O contacto com as empresas internacionais surgiu, e agora que permaneço "ligado" a eles, poderei posteriormente rumar para lá.
Que conselhos queres deixar às pessoas que vejam em ti um exemplo a seguir?
- Quando tiverem uma ideia, sigam com ela para a frente.. Custe o que custar !! Tal como eu fiz, pode surgir uma nova "porta" nas vossas carreiras com algo que inventem ou desenvolvam. O exemplo disso é mesmo o que me aconteceu, sem me passar pela cabeça que teria tanto sucesso... E neste caso, acaba mesmo por influenciar o meu futuro.
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