terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O fotógrafo que não vê

Amar uma arte e por adversidades fisiológicas não a poder praticar, deve ser uma das principais razões porque muitos artistas encontram a depressão.
Porém, se a paixão e o empenho ganharem aos sentimentos negativos, podemos por vezes alcançar resultados improváveis e ao mesmo tempo circundá-la com uma aura que faz a nossa arte mais especial.



Em 1979,  ao fotógrafo Steven Erra foi dada a notícia, pelo seu optometrista, devastadora que ele seria cego dentro de 20 anos. 
Ao invés de simplesmente desistir, Erra decidiu dedicar a maior parte de seu tempo e a sua diminuição de visão como razão para continuar a evoluir e criar belas imagens usando a técnica de longa exposição conhecido como light painting




Neste ponto, a condição de Erra apenas o deixou com a capacidade de detectar luzes muito brilhantes e  o seu campo de visão foi comprimido até uma área muito pequena, mas que não o impediu de concretizar fotografias que parecem quadros dadaístas fundidas com a corrente expressionista/renascentista.  
O vídeo abaixo de Great Big Story revela que Erra agora faz parte do The Seeing With Photography Collective, um grupo inovador.
Sediado em Nova Iorque foi criado para artistas deficientes visuais que utilizam técnicas de pintura de luz para criar arte. 
Durante uma exposição longa, Erra "pinta" o objeto apenas com a luz de uma lanterna, manchando a pessoa estática com a luz em diferentes direções sobre o seu corpo.
Os resultados que ele capta são simplesmente deslumbrantes com uma qualidade de sonho. Vejam o vídeo:



É um exemplo que deve motivar as pessoas para a resolução de problemas, porque  com força de vontade tudo se consegue e não se deve desistir nunca.
Neste caso concreto é alguém apaixonado por fotografia, mas podia ser qualquer um de nós. Por muito modificados que possamos sentir por certas ocorrências da vida! Acabamos por encontrar o nosso lugar, um novo lugar...

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