domingo, 10 de fevereiro de 2019

Bandersnatch

A antologia Black Mirror é uma série que merece todo o respeito. O seu fascínio é mesmo como a partir de um conceito se pode formar diversas realidades. Criar  mundos distópicos que nos fazem interrogar se realmente eu tenho o controlo ou se não o tenho.

Com aquela premissa a série depressa tornou-se base de culto. Como todas as séries inovadoras, diferentes, hits momentâneos que viram clássicos imediatamente. Contudo, eu não sou a pessoa que conseguiu ver todos os episódios da série. E o mesmo aconteceu agora com Bandersnatch (2018)



Com produção Netflix e realizado pelo criador da série, o filme apresentasse como saído dos mundos de Black Mirror. Porém este filme específico é diferente, porque é interativo.
Ou seja, o espetador interage com a narrativa e as nossas decisões influenciam o desenrolar dos acontecimentos e nós acabamos por influenciar as decisões dos atores e o final de algumas sequências.

Ao longo do tempo em que vamos visionando o filme é nos dado a escolher determinadas acções, respostas, atitudes, decisões que escolhidas por nós, influencia para que a narrativa possa ter múltiplas linhas temporais e por isso várias conclusões para certas decisões que foram tomadas, ou nós levarmos o personagem a tomar!

A imersão é tanta que o próprio ator principal leva-nos a interrogar se realmente não estamos dentro daquela história. Isto acontece precisamente no momento quando o ator duvida da decisão tomada. Quase como se a pôr em questão se a opção que escolhemos foi a melhor.

Mas se por um lado a interatividade até seja interessante. A nossa interação pode não ser considerada da mesma forma, como foi o meu caso. Porque como aquando do visionamento da série Black Mirror, não consegui passar do terceiro episódio porque simplesmente achei que se estava a repetir. No filme aconteceu o mesmo.

Principalmente quando as minhas decisões no filme me levaram para lugares que não faziam sentido. Simplesmente a nossa decisão era para um rewind do filme para o ponto que nos é dado a escolher e a seguir se desenvolvesse pela opção que não escolhemos.

Isto acontece algumas vezes durante o filme. E depois considero que a interatividade não está bem conseguida, fazendo o filme parco e repetitivo.




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