segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Emoção

Lêr significa a capacidade de durante algum tempo prestar atenção ao significado das palavras. A capacidade de concentração num tempo efémero e disposto a uma decisão. A opção de tentar descobrir o que ainda não sabemos e conhecer um outro ponto de vista sobre a realidade. Podemos lêr da maneira tradicional, em papel borrado de tinta de um livro que compramos numa livraria que encontramos por acaso, ou então é a que temos por referência. Ou então preferimos a comodidade do lar e compramos o livro num site da internet. Ou até somos mais liberais e tentamos descarregar o livro pelo mesmo meio, mas sem fazer qualquer transação financeira sobre o mesmo. De qualquer das formas a razão é sempre a mesma: a curiosidade sobre um determinado assunto qualquer e queremos encontrar naquele medium a amplificação do nosso conhecimento sobre mensagens que estão um pouco ruidosas e como receptores estamos com dificuldades na sua compreensão. Então tentamos ficar mais esclarecidos pelos emissores que melhor comunicam o sentido do signo pela leitura, embora nos dias de hoje também haja possibilidade de lêr pelo ouvido: Audiobooks.

Mas muitas vezes nas leituras que efectuamos não ficamos condicionados apenas a um novo conhecimento sobre um determinado assunto. Muitas vezes podemos encontrar numa leitura mensagens que apenas complementam  a linearidade que deve obedecer à construção de um raciocínio . A estrutura de construção de uma obra especializada sobre um tema envolve a implementação de outros temas que se relacionam com o tema central. Foi isto que me aconteceu quando procedia à leitura de um livro sobre a emoção interactiva presente nos artefactos virtuais, nomeadamente os videos jogos e como estes utilizam a linguagem cinematográfica para causar momentos emocionais num experienciador, vulgo telespectador. Encontrei naquelas palavras uma dúvida existencialista que me fizeram interrogar sobre a crença humana e como ela pode ser enganosa se não estivermos contantemente em prevenção a vigilância epistemológica: A frase é de Descartes (1641).

" Mas eu persuadi-me de que não havia nada no mundo, que não havia céu nenhum, nenhuma terra, nenhuns espíritos, nem nenhuns corpos; não me terei por isso persuadido de que também eu não existia? De modo algum! Se fui capaz de me persuadir de alguma coisa,  existia com certeza. Mas há um enganador, não sei qual, muito poderoso e muito astuto, que emprega todo o seu engenho em me enganar. Não há dúvida de que eu existo, se ele me engana; e que me engane quanto queira, nunca conseguirá que eu seja nada, enquanto eu pensar que sou alguma coisa (...) Eu sou uma coisa que pensa, isto é, que duvida, que afirma , que nega, que quer, que não quer, que imagina,e que sente"

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Reaprender

 Nunca é fácil quando conhecemos uma pessoa. Principalmente se por essa pessoa começarmos a sentir sentimentos.  É uma roda viva de emoções ...