quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Eu, Daniel Blake

O filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes I, Daniel Blake (2016) é um manifesto ao fim da vida ajuntada com a burocracia das sociedades que vivemos.
A história centra-se em Daniel Blake, um homem que depois de uma vida de trabalho, vê-se preso no desconhecimento da evolução tecnológica e o que isso se torna um problema para ele. 
A sua figura simples contrasta com a complexidade daquilo  que lhe pode tirar tudo até a dignidade.
Mas mesmo sem ela, consegue entrar na vida de uma família e ser pai e avô ao mesmo tempo.






Ken Loach já é a segunda vez que recebe a Palma de Ouro, depois de a ter conseguido com The Wind That Shakes the Barley (2006). É um realizador focado no socialismo  e a que cada parte, em particular, se desenrasca naquele todo.
A sociedade é um todo composto para suster a vida normalizada. Mas ao olhar para cada unidade em particular, percebemos o que pode ser uma injustiça sobre o que foi dado e o que foi recebido.
Em suma, o filme foca-se de forma quase documental na vida de uma pessoa que podia ser qualquer um de nós. Uma pessoa que vive na sociedade, mas a sociedade parece não viver para ele. Denuncia aquilo que existe em todos os países, entre as pessoas mais pobres e incapazes por vezes de sobreviver. É o mundo em que vivemos.

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