sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Hit The Bitch - Campanha contra a violência doméstica



Percepcionei pela primeira vez este projecto por intermédio do blogue do meu professor de multimédia Nelson Zagalo. De seguida vi a notícia no I Jornal:



"Uma campanha dinamarquesa contra a violência doméstica está nas bocas do mundo devido ao modo polémico como uma ONG decidiu passar a mensagem. O anúncio “Hit the bitch” é apresentado como um jogo que incentiva quem o vê a bater numa mulher.



Por cada bofetada, o “jogador”, invisível na imagem, acumula pontos numa escala de masculinidade. Dez bofetadas depois, atinge os 100% e a mulher, que foi sempre atirando insultos e ficando com a cara em ferida, cai ao chão. Mas em vez da frase habitual que aparece nos videojogos “You win!”, surge a mensagem “100% idiota”, seguida de um alerta contra a violência doméstica.



Devido à controvérsia que a campanha gerou, a ONG dinamarquesa “Children exposed to Violence at Home” decidiu encerrar a campanha a utilizadores fora da Dinamarca devido ao tráfego excessivo registado no site www.hitthebitch.dk".



Contudo, deixo aqui o ponto de vista do meu professor, Nelson Zagalo sobre este projecto. O ponto de vista é mais técnico e aprofundado sobre a função da estrutura interactiva na passagem da sua mensagem:

" Hit the Bitch é o nome de uma campanha social sobre a violência sobre as mulheres, que faz um uso de forma bastante dura das potencialidades da interactividade para aumentar o impacto da sua mensagem. Não se pode definir como um jogo, uma vez que não nos é dada alternativa, mas não deixa de ser interactivo por causa disso. É um objecto interactivo, no sentido em que clama pela nossa acção e reage fortemente a cada uma delas.

O dilema que nos é colocado, bater para saber até onde chega a narrativa, para obter a mensagem final, é problemático e é literalmente um murro no estômago de quem interage. Pena que isto esteja apenas em Dinamarquês, muito mais impacto teria se estivesse em Português ou pelo menos em Inglês, não deixando contudo de ser eficaz" (Zagalo, 2009).

Percebemos que embora o projecto possa ter o seu estado de polémica, não deixa de ser uma produção que teve como principal objectivo chamar a atenção do seu utilizador para a questão da violência doméstica. Na minha opinião, é um trabalho muito bem conseguido pela forma como consegue comunicar com o utilizador. A mensagem consegue entrar de uma forma totalmente clara na percepção do receptor.

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