segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A morte da pós-modernidade

O criador do nome contestou, dizendo que não tinha sido ele a escolher o nome bebé. Pelo menos não da forma como se tornou conhecido por todo mundo : Pop Art. Pura modéstia. Eufemismo Britânico?




De alguma forma esta foi a corrente que de longe mais me marcou mas também uma das correntes mais carismáticas desta expressão do ser humano, enquanto criador de beleza artística. Aquela ideia de beleza de Kant e Humberto Eco.
Por outras palavras, a filosofia pura da criação e fruição da arte, não ganha sentido enquanto definição de arte. A arte é uma coisa popular e deixa de ser algo elitista e ritual, para passar a ser das massas.
Massas de pessoas que podem usufruir da arte como uma coisa dita normal. Apenas falamos do mais particular do homem, que busca na arte algo de abstrato na simples existência.
Mas o problema é que a arte passou de um estado muito existencialista, para uma estrutura fundamental da existência do seu criador: o ser humano. Logo por isso, massificou-se e tornou-se porpular: Pop Art de Andy. O mais conhecido pintor da corrente...


Mas no entanto apenas serviu de introdução a mais uma vez um motivo de querer escrever. Um artigo que simplesmente tem este nome: Postmodernism is dead da revista Prospectmagazine. Um artigo que nos fala numa ideia  muito simples, mas ao mesmo tempo inquietante para aqueles que entendem a arte pela arte. Não deixa de fazer muito sentido sabendo que ao longo da história principalmente depois do Ilumismo, o Homem já teve muitas correntes de arte. Saber que de alguma forma a que mais me marcou pode apenas ganhar um novo sentido e sofrer uma metamorfose, deixa-me contente. 
A transformação do colar, a repetição, a anarquia e o acaso. Uma pura desconstrução de séculos de modelos impostos e construídos sobre regras que simplesmente se tornaram obsoletas. A humanidade acordou para o iluminismo da arte e com isso ficou a conhecer-se um pouco melhor. Mas aqui lembro-me do livro de José Ortega Gasset a Desumanização da Arte que levanta tantas questões sobre a arte enquanto arte e como é possível a sua transformação não por ela própria, mas pela mão do seu criador e admirador: o Homem. 
Mas atenção, a corrente não é visível apenas na arte da pintura, outras formas de arte são influenciadas por esta nova forma de revolta entre o ser pensante e a realidade que o rodeia: arquitetura, literatura, música, dança, cinema, etc. 


O edifico AT&T em Nova Iorque (no meio), completado em 1984

You could say that the AT&T legitimised postmodernism to the whole world. The building became a lightning rod for what was happening, socially maybe, as well as architecturally.” This was a building that challenged the modernist premise of functional power by referencing other older, European styles, a building that collated and collapsed previous strictures, but was also something entirely new and radical and, in this, subversive. It was a provocation.


Não terá sido o pós-modernismo, já que apareceu depois do modernismo, apenas mais uma evolução da condição humana? Olhemos às transformações sociais, políticas e financeiras que aconteceram no aparecimento da corrente, mesmo durante a sua época de ouro, pois todas as formas de arte têm a sua época de ouro e até ao presente onde as suas caraterísticas são encontradas em artistas como Madonna. A mulher eternamente comportamental como uma virgem e que deixou o seu legado a Lady Gaga e outras semelhantes. Não será esta forma de arte apenas um sintoma da evolução humana?
Será que podemos, apenas nós leigos e incultos argumentar sobre o que é arte e entendê-la como um reflexo da necessidade humana de se auto-compreender? Será apenas um espelho da meta-narrativa que a narrativa terrestre nos obriga a criar! Complexo pensamento se formos ateus como Richard Dawkins e para nós deus é uma desilusão. Ou então somos dogmáticos na fé religiosa, mas também artística e não queremos compreender mas apenas deslumbrar.  
There are two important points. First, that postmodernism is really an attack not just on the dominant narrative or art forms but rather an attack on the dominant social discourse. All art is philosophy and all philosophy is political. And the epistemic confrontation of postmodernism, this idea of de-privileging any one meaning, this idea that all discourses are equally valid, has therefore lead to some real-world gains for humankind. Because once you are in the business of challenging the dominant discourse, you are also in the business of giving hitherto marginalised and subordinate groups their voice. And from here it is possible to see how postmodernism has helped western society understand the politics of difference and so redress the miserable injustices which we have hitherto either ignored or taken for granted as in some way acceptable. You would have to be from the depressingly religious right or an otherwise peculiarly recondite and inhuman school of thought not to believe, for example, that the politics of gender, race and sexuality have been immeasurably affected for the better by the assertion of their separate discourses. The transformation from an endemically and casually sexist, racist and homophobic society to one that legislates for and promotes equality is a resonantly good thing. No question.The second point is deeper still. Postmodernism aimed further than merely calling for a re-evaluation of power structures: it said that we are all in our very selves nothing more than the breathing aggregate of those structures. It contends that we cannot stand apart from the demands and identities that these structures and discourses confer upon us.Adios the Enlightenment. See you later Romanticism. Instead, it holds that we move through a series of co-ordinates on various maps—class, gender, religious, sexual, ethnic, situational—and that those co-ordinates are actually our only identity. We are entirely constructed. There is nothing else. And this, in an over-simplified nutshell, is the main challenge that postmodernism brought to the great banquet of human ideas because it changed the game from one of self-determination (Kant et al) to other-determination. I am constructed, therefore I am. But here we come at last to the trickiest question of all: how do we know postmodernism is over and why?
E no final podemos ficar com esta simples ideia. Enquanto os pós-modernistas reclamavam que os modernistas lhes diziam de como haviam de fazer, a geração seguinte responde que agora ninguém lhes diz o que eles devem fazer.  Porque nós somos a geração do digital e também da maior diversidade cultural que Homem já conheceu. Estamos a viver uma época de grandes transformações onde as matérias de criação ganham novas caraterísticas e os palcos onde as mesmas se desenvolvem são apenas nichos. O de um para muitos faz todo o sentido e agora vivemos a Idade da Autenticidade. Onde cada um define o que é arte e esta já não é apenas pela arte, mas sim pelo social.   

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