segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Iluminação_parte2



Muito tempo passou sobre o último post sobre iluminação. A razão deste atraso deve-se fundamentalmente à inserção de um período de repouso prolongado que efectuei depois da minha chegada de Barcelona. Tentei aclarar as ideias e definir de uma forma mais clara os objectivos que pretendo alcançar nos próximos tempos. Porém, a verdade é que deixei passar mais tempo do que aquele que pretendia, mas considero que neste momento já tenho a minha decisão tomada. Não é fácil efectuar um post sobre um tema tão abstracto que é a iluminação. Mesmo com a ajuda de especialistas, percebo que a teoria sem a prática é um caminho um pouco mais complicado para se aprender efectivamente. Contudo, prefiro ter estas capacidades e estar limitado ao nível de ferramentas, do que achar que pelas limitações não devo esforçar o meu conhecimento sobre as áreas que eu gosto e admiro.
No último post terminei na parte que falava sobre a qualidade da luz e referenciei que para me ajudar iria recorrer a David Bordwell e ao seu livro "El Arte Cinematografico" (1995). 


Assim para continuar tenho que falar da direcção da luz que se faz por referência do caminho que percorre desde a sua fonte até ao objecto que ilumina. Von Sternberg  escreveu:
" Toda a luz tem um ponto que é mais brilhante e um ponto que se dirige para se perder por completo (...) A viagem dos raios desde este coração central até aos lugares da obscuridade é a aventura e o drama da luz".
Para os nossos propósitos podemos distinguir entre luz frontal, luz lateral, contraluz, luz contrapicada e luz zenital que vem de zénite:

Informação da enciclopédia infopédia
1.ASTRONOMIA ponto da esfera celeste que, relativamente a cada lugar da Terra, é encontrado pela vertical levantada desse lugar
2.figurado ponto mais elevadoaugefastígioapogeuápice
(Do ár. samt, «caminho; rumo; direcção da cabeça»)

Marlene Diectrich, Shangai Express, 1932.

A luz frontal pode-se reconhecer pela sua tendência a eliminar as sombras. A contra luz, como sugere o nome procede de trás do sujeito filmado. Pode-se posicionar em muito ângulos: muito por cima da figura, em diferentes ângulos nos lados, apontado directamente para cima ou desde de baixo. A luz contrapicada sugere que a luz proceda debaixo do sujeito iluminado para que se possa criar efeitos dramáticos de terror, mas também pode indicar simplesmente uma fonte de luz realista.
Os directores de fotografia também recorrem a tipos de luzes direccionais mais especializadas, sobretudo a Kicker (uma luz traseira situada a um lado que cria um toque de luz na bochecha da figura) e a luz de olhos (que é colocada na câmara para que ilumine os olhos do sujeito.
A iluminação também se pode caracterizar pela sua fonte; Em alguns filmes, como os documentais, o cineasta pode ver-se obrigado a rodar com a luz disponível no cenário real. A maioria dos filmes de ficção utilizam fontes de luzes adicionais de forma a poderem ter um maior controlo sobre o aspecto da imagem. 

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