quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Arte, a experiência autotélico

Muitos são os criativos que muitas vezes podem sentir que o seu trabalho não é reconhecido!
Nas diversas áreas que envolvem as áreas criativas, são muitos aqueles que no meio do "caminho" desistem. 
Pois não conseguem chegar ao reconhecimento artístico que tanto ambicionam...
Então, nos dias de hoje, onde a tecnologia permitiu que a arte esteja banalizada e presente em todo o lado, mas também novas ferramentas de propagação e publicitar. 
Os likes, comments, são o público dos artistas desta geração. E quando esse público é pequeno, a vontade de criar também pode ser. 


Porém, talvez possamos aprender algo com os artistas clássicos. Neste caso concreto com Van Gogh e Leonardo Davinci. 
O que hoje trago aqui são três ensaios realizados por Adam Westbrook um jovem fascinado pela arte e que por isso faz ensaios audiovisuais que tecem histórias e imagens em conjunto para tornar as coisas fascinantes. 
E é mesmo esse adjetivo que serve para nomear este ensaio sobre criatividade e dedicação  também uma mensagem de esperança. 
Segundo Adam, o que podemos aprender com aqueles dois colossos da arte, é que nada já nasce perfeito. 
Na natureza a mais bela árvore demora anos, talvez séculos para atingir toda a sua plenitude e beleza. 
Na arte, o processo é o mesmo, mesmo quando criamos e o nosso público é diminuto, invisivel e muitas vezes cingido aos amigos e familiares. Essa é a questão central dos vídeos. 
Numa época em que tudo é colocado on-line e empurrado para fora nos media, a arte está lutando (muitas vezes); uma batalha perdida pela atenção. 
Mesmo que seja boa, mesmo que seja visionária, mesmo que seja brilhante,única e original - a arte só pode tocar para um público: o póprio artista.
Este pensamento é deprimente, mas talvez o problema não resida na forma como se cria, mas porque criamos. 
Num dos vídeos é explicada uma ideia exposta no livro Flow: The Psychology of Optimal Experience do psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi chamado "experiências autotélicos", que descrevem atividades que são feitas não por causa de qualquer benefício futuro (como a atenção ou notoriedade), mas pelo puro amor de fazê-las.


Por exemplo e num plano mais pessoal. Um fotógrafo que trabalha com esta ideia em mente capta  as fotografias para si mesmo, e não para a promessa de qualquer fama ou fortuna de uma carreira de de sucesso! Em outras palavras, as fotografias são as suas próprias recompensas!
Van Gogh definitivamente é exemplo de autotelia: apesar de todos os desafios que experimentou, ele foi extremamente prolífico na sua curta carreira, que durou cerca de uma década. 
Nesse período criou cerca de 900 pinturas e 1.100 desenhos e esboços - que é uma média de 200 peças por ano, ou uma pintura a cada 1.825 dias.
"Não podemos controlar os resultados externos do que fazemos, então porquê pensar sobre eles? Exceto, é claro que nós criamos um mundo onde esses resultados externos são mais valorizados do que qualquer outra coisa", diz Westbrook. 
E esse é o nosso desafio. Num mundo obcecado com a popularidade, com o social media e o volume exagerado de informação, vamos fazer o nosso trabalho artístico, independentemente das consequências? Mesmo quando ninguém está olhando? 
Assistam os vídeos, que são autênticas reportagens jornalísticas, e pensem sobre isso...









The Long Game Part 3: Painting in the Dark from Delve on Vimeo.

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