sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Steal Like An Artist

Austin Kleoan é para mim uma personagem nova. Mas já se tornou numa influência! 
Os media, mais internacionais já lhe deram crédito. O seu trabalho já passou no canal público norte-americano, PBS. A The Atlantic considerou-o uma das pessoas mais interessantes da internet e a New Yorker referiu que os seus poemas estão a ressuscitar o Jornal quando todos já o imaginavam "morto".
Fala também sobre a criatividade na era digital para organizações como a Pixar, Google, SWSW, TEDx e a Revista The Economist.




Every artist gets asked the question,
“Where do you get your ideas?”
The honest artist answers,
“I steal them.”

É este o mote de partida para o seu livro Steal Like A Artist  (2010). No fundo, todo o livro está contido com conselhos de como podemos ser mais criativos. Aqui o público alvo é mesmo gente criativa. Pessoas que trabalham em indústrias criativas.
Mas o racíocinio do escritor vai mais longe e fala também para aquelas pessoas que podem ter um day to day job, mas que de alguma forma têm hobbies que fazem e que alimentam parte do seu tempo na sua verdadeira paixão.
“The only art I’ll ever study is stuff that I can steal from.”
—David Bowie

Nos dias de hoje, isso pode significar muita coisa! Pois o acesso ao mundo da informação já é mais que global. É nesse discursso, que o escritor procura, quase de forma auto-ajuda, chamar a atenção dessas pessoas: que tenham mais coragem...
Para isso, é necessário ir mais além, trabalhar duro, ganhar rotina e acima de tudo continuar sempre a procurar conhecimento!





Austin Kleon está conetado com o mundo atual e, por isso, nos seus conselhos, tenta através da sua escrita/ilustrativa focar-nos, pôr os nossos pés na terra atual.
Prospeta a sociedade humana no seu presente e junta a isso uma mentalidade liberal de auto ajuda e guião para os inadaptados.
Não têm problema em dizer que no mundo de hoje a criativade vem de todo lado! E se temos acesso a ela porque não podemos roubá-la?
Indo mais fundo na sua reflexão, admite que nada é original:
"What a good artist understands is that nothing comes from nowhere. All creative work builds on what came before. Nothing is completely original.
It’s right there in the Bible: “There is nothing new under the sun.” (Ecclesiastes 1:9)"
E de uma forma a sua abordagem está correta!
Porque o conhecimento é a cimentação de anos de pesquisa e investigação para provar factos da natureza. Mas a arte pode ser percebida?
- Imaginemos aqui uma relação entre ciência e arte. Esta ideologia na arte poderia ser uma evolução laboratorial. Em que teríamos sempre o primogénito da obra de arte, mas gerações futuras a poderiam melhorar!
Esta ideia é utópica e Walter Benjamim fala da aura...
Questão: a obra de arte só é arte porque é única?
Acho que nunca saberemos, pois na sociedade já estão implementadas as pedras basilares do que é arte!


Mas na verdade a sua ideia já começa a tornar-se realidade, pois enquanto temos leis restritas do uso de fotografias de sítios históricos, temos figuras a enriquecer com as fotos de outras pessoas e que já são consideradas como as pessoas mais ricas da fotografia.
E o que ele fez?
Pegou no seu Iphone e começou a tirar fotografias no instagram. Num ápice, começou a ganhar milhões! Pode parecer algo extraordinário (o que no facto é), mas chama-se de Apropriação da Arte.
Veja-se o que ele ganhou:



A foto é uma das utilizadas por Richard Prince.  Como podemos ver, apenas foi feito um zoom em alta resolução. Nota-se principalmente por causa do granulado.



Portanto alguma coisa está a mudar! E não vamos esquecer que as coisas hoje em dia mudam muito depressa!
O ponto é: Todo o mundo é um palco. O trabalho criativo é um tipo de teatro. O palco é o teu estúdio, a tua mesa, ou o teu escritório.
A roupa é a tua pintura, o teu fato de negócio, ou  o teu chapéu engraçado ajuda a pensar.
Os adereços são os teus materiais, as tuas ferramentas e os teus meios.
O argumento é tempo velho simplesmente. Só temos que seguir o guião e representar.
Uma hora aqui, exatamente é o tempo medido para que as coisas aconteçam. E para acontecer é preciso roubar, copiar, evoluir.

“Start copying what you love. Copy copy copy copy. At the end of the copy you will find your self.”
—Yohji Yamamoto

Encontrar a nós próprios! A velha questão da antiguidade que ainda não obteve resposta. Por isso, ainda anda, nos dias de hoje, andamos a questionar os cérebros mais, como posso dizer: geeks? 
Acho que é um estrangeirismo que encaixa bem ao que temos neste livro. Um manifesto com regras que podem ajudar a nossa criatividade. 
Não são apenas conselhos basedos no digital. A fisiologia também é importante. 
Considero que o escritor tem uma forma de escrita muito infantil, mas poética conseguindo por isso cativar o seu leitor. Esclarece o mundo que vivemos e não o esconde.
Pelo contrário, fiquei mais claro depois de o lêr. 


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