quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

World Press Photo 2010

Ao ver os vencedores do World Press Photo do ano passado, pensei como uma organização consegue distinguir apenas algumas fotografias das milhares, se não forem milhões, que são publicadas por esse mundo fora. 
A fotografia demorou algum tempo a ocupar um lugar importante na imprensa, mas quando o conquistou o seu lugar foi definido pelo estereótipo "uma imagem vale mais que mil palavras". 
A fundação World Press Photo é uma organização não-governamental com sede em Amesterdão e foi criada em 1955. Os grandes vencedores do mais prestigiado concurso de foto-jornalismo do mundo, ganham a possibilidade de verem os seus trabalhos exibidos em mais de 45 países e um livro publicado em mais de 6 línguas. Mas há muito mais desenvolvimento na história da fundação. 
Algumas das imagens que ganharam concursos anteriores tornaram-se icónicas e muita gente por vezes nem sabe bem a razão porque determinadas fotografias sobressaíram mais do que outras. Como por exemplo a de Phan Thị Kim Phúc fotografada por Huỳnh Công Út.


E realmente os estilos do foto-jornalismo reemergem nos anos vindouros. Isso só é possível com o concurso anual que distingue as fotografias publicadas na imprensa e que ficam icónicas na nossa mente no futuro. Uma ideia defendida pelos responsáveis da fundação. 
Almost every year since has seen a contest and a winning image. Some of the photos have become iconic - a naked girl running after a napalm attack in Vietnam; a Buddhist monk who has set himself alight; a sole demonstrator standing in front of tanks on Tiananmen Square. Others have set trends, established styles of press photography that can be seen re-emerging in years to come.
Serve tudo o que foi dito acima, apenas para servir de mote  à apresentação da fotografia vencedora do ano passado. Escreveu o Público: A fotografia, que foi capa da revista “Time” a 1 de Agosto de 2010, revela uma jovem afegã de 18 anos, Bibi Aisha, a quem o marido cortou o nariz e as orelhas por ela ter voltado para a família, depois de o acusar de maus tratos. Bibi Aisha voltou depois a fugir do marido que a maltratava diariamente e contou a sua história. A jovem foi ajudada por uma organização de apoio a mulheres vítimas de violência e enviada para os Estados Unidos, onde mais tarde foi operada, recuperando o seu nariz.




Mais uma vez esta imagem de Jodi Bieber vai ficar marcada para o futuro como uma das mais icónicas. Mas a questão do concurso está mesmo neste ponto. Se não houvesse um concurso mais prestigiado que os outros que possam existir por esse mundo fora, as massas nunca teriam a possibilidade de escolher e memorizar apenas algumas  fotografias das milhões que são publicadas. Estas são-lhes impingidas como as melhores pelos meios de comunicação social. Mas se estes dão mais mediatismo ao World Press Photo que aos outros, por alguma razão será... O resto dos vencedores podem ser vistos aqui.  

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